CINEMA

  • none

Foi esta manhã (dia 24) que os diretores e programadores Nuno Sena e Miguel Valverde apresentaram, juntamente com o vogal da Culturgest, Miguel Lobo Antunes, a 12ª edição do Festival Internacional de Cinema Independente.

Há várias novidades na mesa mas todas se fundem num único propósito: manter a identidade do festival, apostando na fidelidade às suas origens, de modo a exibir o melhor que se faz cá dentro e lá fora.

Apesar de frisarem que não é propriamente um motivo de orgulho o facto de que a grande maioria dos filmes que por lá passam não chegam às salas de cinema, dado o posicionamento limitado das distribuidoras nacionais, os programadores sentem-se brios e confiantes das escolhas realizadas para esta edição, crendo que o seu público irá ficar para além de satisfeito.

Com o espectador no pensamento e uma vontade de definir o festival, foram dados alguns retoques nos segmentos. Silvestre, denominação inspirada e dedicada a João César Monteiro, é o resultado de uma união de secções que estavam muito relacionadas entre si (Observatório, Cinema Emergente e Pulsar do Mundo) e que pretende ser a cara do festival, espelhando o espirito Indie.

Devido ao carácter noturno dos cinéfilos festivaleiros, será ainda inaugurada a Boca do Inferno, secção dedicada a obras mais ligeiras (terror, comédia) com sessões marcadas para a meia-noite, no Cinema Ideal – nova sala no festival.

Em competição de longas-metragens estarão 11 filmes na secção internacional e quatro na nacional, sendo que este ano a organização decidiu aceitar (e selecionar) terceiros filmes, ao invés de somente primeiras e segundas obras.

Nas Sessões Especiais, fora de competição, destacamos o filme de abertura Capitão Falcão, aguardada paródia sobre um super-herói nos tempos de Salazar, o Prémio do Júri em Cannes e filme de encerramento Force Majeure e Aqui, em Lisboa, uma produção do próprio festival, que pretende mostrar a cidade vista por estrangeiros, como se eles cá vivessem. No âmbito da secção Heróis Independentes, teremos ainda o prazer de receber a francesa Mia Hanson-Løve e o americano Whit Stillman, cujas filmografias serão também exibidas.

A organização é porreira, a programação é de mestre e ainda há festas com direito a boa música. De 23 de Abril a 3 de Maio, o Indie promete fazer-nos felizes – não se esqueçam de passar por lá.

ARTIGOS RELACIONADOS

Cinema

Newsletter

Subscreva-me para o mantermos actualizado: