ARQUITECTURA

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O Arquiteturas Film Festival Lisboa tem hoje a noite de estreia da sua 4ª edição, dedicada ao tema Rehab Nation.

Segundo Sofia Mourato, directora deste festival, o tema deste ano: “Nation foi pensado e desenvolvido por necessidade. Este ano estamos a direcionar o festival para uma maior aproximação ao público, dentro da mesma linha de discussão que tem sido mote do ano de 2016. Rehab Nation visa debater tempos de incógnita sobre o que fazer nesta realidade que nos surpreendeu nos últimos anos. Lisboa tem vindo a receber pessoas de todas as nacionalidades que se juntam já a uma sociedade multi-cultural mas por vezes pouco integrada. O crescente interesse pela cidade tem originado mutações estruturais na distribuição da população com processos de gentrificação e incógnita sobre o lugar da nova geração de indivíduos locais que se vêem com enormes dificuldades de estabelecimento no interior do perímetro mais central da cidade. Esta questão vem igualmente associada ao alojamento das várias comunidades locais que anteriormente ocupavam zonas centrais mas que hoje se vêem igualmente pressionadas para ceder o seu lugar a outros empreendimentos. O objetivo do festival não é explorar aspetos negativos, não é um evento de protesto, é um evento que pretende lançar um desafio de reflexão.”

Com este intuito de proximidade, olhando para este evento de Lisboa também como local de discussão, o festival está dividido em sub-temas aos quais estão associados 4 debates seguidos de uma sessão de filmes:

DEBATE REHAB NATION #1 – FAMÍLIA: Casa como unidade mínima (dia 13 – 19h), com Ana Vaz Milheiro, Tiago Mota Saraiva, Isabel Raposo e Jorge Mealha;

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Architectones by Xavier Veilhan (EP), François Combin, 2015, França, 68'

DEBATE REHAB NATION #2 — COMUNIDADE: Bairro como relação de vizinhança (dia 14 – 19h) com Helena Roseta, Fabiana Pavel, Gonçalo Salgado e Jorge Silva Malheiros;

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Up and Down Galata (EP), Cagan Duran, Ali Uluç Kutal, 2015, Turquia, 80'

DEBATE REHAB NATION #3 — SOCIEDADE: Cidade como Infraestrutura (dia 15) com Teresa Valsassina Heitor, Inês Lobo, Antonio Brito Guterres e Pedro Campos Costa;

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The Infinite Happiness (EP), Ila Bêka and Louise Lemoine, 2015, França e Dinamarca, 85'

DEBATE REHAB NATION #4 — HUMANIDADE: Território como Gaia com Ana Filipa Ribeiro Ramalhete, João Santa-Rita e Luís Álvares Rosmaninho.

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Rosel (EP), Alexane Perrin, 2015, França, 15'

O Arquiteturas Film Festival consiste numa mostra internacional de filmes documentais, experimentais e de ficção sobre a temática da arquitetura. O programa que tem vindo a ser desenvolvido para este festival, desde a sua criação em 2013, alimenta-se das infinitas possibilidades de valorização e divulgação da arquitetura através do cinema e da produção audiovisual em geral. O festival procura tirar proveito da ampla rede de contactos entretanto criada entre outros festivais de cinema de arquitetura espalhados pelo mundo, para potenciar a projeção de filmes de grande relevância para a divulgação da cultura arquitetónica portuguesa, não só em território nacional, como também, e muito especialmente, a nível internacional.

Este ano o festival apresenta 34 filmes de 26 nacionalidades, que incluem 9 produções portuguesas nas categorias de documentário, ficcão, animacão e experimental. A competição Internacional conta com 8 filmes, a Nacional, Novos Talentos e Experimental com 5 filmes cada.

Os filmes estão distribuídos por vários locais em Lisboa, embora a sede do festival continue a ser o Fórum Lisboa (antigo cinema Roma) com a maior quantidade de sessões. Como parceiros das edições anteriores contamos com o Cinema City Alvalade e a Cinemateca e estendemos este ano parcerias com o a galeria Gabinete, o Centro de Inovação da Mouraria, o espaço Rua das Gaivotas 6, a Roca Lisboa Gallery e o museu MAAT.

A destacar de uma vasta programação que vai para além da projeção de filmes:

– O ciclo Os Filmes de Charles e Ray Eames, composto por duas sessões na Cinemateca no dia 13 de Outubro, consiste numa oportunidade única para ver e debater algumas das mais singulares experiências dos Eames com as imagens em movimento. A primeira sessão, às 19h00, consiste na projeção de alguns dos seus filmes mais emblemáticos, alguns deles raramente vistos, realizados entre as décadas de 1950 e 1970. A segunda sessão, às 21h00, desenrolar-se-á em torno de uma conversa visual entre Eames Demetrios (neto de Charles e Ray Eames, director do Eames Office) e Eric Schuldenfrei (autor de The Films of Charles and Ray Eames: A Universal Sense of Expectation; Routledge, 2014), com moderação de Justin Jaeckle;

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Charles e Ray Eames

– O workshop de cinema Disaster Movie com o realizador austriaco Christoph Draeger, que tem vindo a trabalhar em temas sobre desastres e destruição nos últimos vinte anos. Os seus projetos conceptuais tomam forma em instalações, vídeo e media baseados em fotografias, para explorar e criticar questões relacionadas com catástrofe e com a cultura saturada dos media. Como abordar o assunto "filmar o desastre"? Cada participante é convidado a documentar/experimentar com uma catástrofe, de 13 a 16 de Outubro;

– A masterclass Arquitetura sem Arquitetos, com Manuel Graça Dias + Edgar Feldman e moderação de João Sequeira. Ver Artes/Arquitetura foi um programa quinzenal da RTP2 decorrido de 1992 a 1996. Deste fez parte Arquitetura sem Arquitetos, um conjunto de programas sobre a arquitetura clandestina com autoria de Manuel Graça Dias e realização de Edgar Feldman. Uma conversa com os dois em retrospetiva até aos tempos modernos;

– A estreia mundial do filme Em Breve Estarás Aqui, do realizador Fabio Petronilli coproduzido por Arquiteturas, Stadslab, Academia Cidadã e Largo Residências, entre muitos outros parceiros. Em Abril de 2016, Stadslab (Urban Design Laboratory da Universidade de Tilburg – Amsterdam) organizou uma Masterclass internacional sobre City Making & Tourism Gentrification, focada na intervenção urbana no bairro da Mouraria. Um filme sobre um bairro e uma problemática que se estende a muitas outras partes da cidade de Lisboa. Sábado 15 de Outubro às 15h no Fórum Lisboa e Domingo dia 16 como parte da visita guiada ao Bairro da Mouraria pelo arquiteto Nuno Simões e o realizador Fabio Petronilli.

Hoje, no Fórum Lisboa, pelas 19h, será a sessão de abertura do festival, onde, depois de uma apresentação do júri e do programa desta edição, se irá assistir pelas 21h à exibição de A Propósito de Leixões de André Valentim Almeida e Paulo Martins, com a presença dos realizadores e do arquiteto Luís Pedro Silva.

A Propósito de Leixões é um olhar sobre o porto de Leixões – desde que há imagens em movimento do porto até aos dias de hoje – e construção do edifício do Novo Terminal de Cruzeiros e Centro de Investigação do Mar da Universidade do Porto. Resultado de uma encomenda para assinalar a inauguração do novo edifício, o filme está dividido em duas partes: a primeira, totalmente baseada numa profunda pesquisa de arquivo, olha o processo de construção e expansão do porto e a sua atividade através dos tempos; a segunda, contemporânea, olha a construção do edifício tendo por base um timelapse (feito a partir de 156 mil fotografias) em paralelo com imagens da intensa, complexa e diversa atividade do porto. O filme é acompanhado pela banda sonora ao vivo da banda Os Torto.

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A Propósito de Leixões

Os Torto nunca caminharam direito – o exercício musical do trio que junta Jorge Coelho, Jorge Queijo e Miguel Ramos torce a formação tradicional com harmonias desafiantes e melodias que não primam pelo familiar. É na tensão que se resolvem, e na dissonância que se cantam e encantam, criando uma linguagem desconcertante que envolve e desenvolve nos seus próprios termos, mas com frequências que todos partilhamos. Os Torto suspendem-se sem nunca cair, e revelam-se contadores de estórias como poucos instrumentistas: fluentes e fluído.

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