Sempre que vejo adaptações da banda desenhada, pergunto-me porquê na juventude não ter sido um adepto convicto da BD. Agora é tarde, mas nada me impede de sugerir que o Dr. Strange é um filme que agrada aos telespetadores que, na juventude, leram as histórias da Marvel.
Depois, há que assinalar o ator Benedict Cumberbatch, o mesmo de Sherlock Holmes. O personagem que encarna enquadra-se na perfeição do seu estilo. Aliás podemos dizer que tanto Holmes como Dr. Strange possuem tantas caraterísticas comuns que podiam ser irmãos gémeos. A intensidade dramática do ator e o seu humor cético perante as premissas que conduzem a ação são um dos aspetos melhores desta película.
Para terminar, há que supor que o mundo está cheio de crenças New Age, espiritualidade, feitiçaria e outros portentos. Para aqueles que nutrem estas crenças, este filme ilustra algo que os vai agradar. Nem que seja porque colidem com o pensamento mainstream. E não será preciso ser severo por não ser um crente. Este filme é ficção e de fantasia, mesmo não alinhando com o pano de fundo das crenças nada impede usufruir a narrativa e aproveitar com alguma cobiça todas as referências que encontradas, vão desde o Star Wars até Os Vingadores.
Avaliação no IMDb: 8,1
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