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Fotografias: Pedro Loureiro.

Se o nome não for imediatamente familiar, a cara será certamente. Autor e actor da série de comédia Porta dos Fundos, Gregório Duvivier invadiu o Youtube e, mais recentemente, os ecrãs da Fox, tornando-se numa figura próxima dos portugueses. Neste momento, está em terras lusas com a peça de teatro Uma Noite na Lua, um monólogo de João Falcão que irá subir aos palcos de Braga, Porto, Caldas da Rainha, Faro e Lisboa, entre outras cidades.

A 14 de Outubro, antes de começar esta digressão, foi apresentado em Lisboa o livro Caviar É uma Ova, editado pela Tinta-da-China e “apadrinhado” por Ricardo Araújo Pereira. Em Dezembro, é altura para uma nova obra literária e outra peça de teatro: Portátil. Fica no ar a hipótese de uma e de outra também fazerem escala por cá.

“A peça passa por uma imensa quantidade de géneros: comédia, drama, tragédia, suspense, musical, romance. A impressão que dá é que é uma peça síntese do teatro como um todo. Por isso me apaixonei”.

É assim que Duvivier descreve o texto que vem apresentar a Portugal. Também ele escritor e poeta, diz que gostava que este texto fosse dele. É a combinação perfeita de lirismo, humor, emoção e acidez, os ingredientes que procura enquanto autor. Já como actor, Uma Noite na Lua, exige-lhe uma grande preparação física e vocal para manter o ritmo certo em cima do palco. “Quando você está sozinho, você não tem parâmetro. É fácil entrar num ritmo próprio, que pode ser rápido ou devagar demais. É importante manter viva a pulsação da peça”, explica.

Para quem está habituado a ver-te no Porta dos Fundos, o que pode esperar de Uma Noite na Lua? Achas que as expectativas criadas pelo Porta dos Fundos jogam contra ou a favor desta experiência em palco?

Embora a peça não tenha nada a ver com o Porta dos Fundos, o espectador vai encontrar humor, portanto, não se deve decepcionar. A novidade é a emoção. Enquanto o Porta dos Fundos se aproxima mais de Monty Python e de um humor nonsense, a peça flerta com Woody Allen e um tipo humor mais poético.

Vens de uma família de músicos, actores e artistas plásticos. Era inevitável também seres artista? Alguma vez te imaginaste a ser outra coisa?

Era inevitável. Tentei uma época ser tradutor, mas percebi que, ao invés de traduzir, estava escrevendo coisas novas. Vi que preferia inventar um texto novo a traduzi-lo. É difícil não sonhar em ser artista quando se tem pais artistas, porque é um mundo encantador, embora muito difícil, porque é muito irregular. Desde pequeno soube das dificuldades de viver da arte e ainda assim escolhi esse mundo. Acho que tem um pouco a ver com masoquismo.

A comédia é a tua forma de expressão favorita? Porquê?

Acho que a comédia fala de coisas que não conseguimos abordar de outras maneiras, como a morte ou a solidão. Nada melhor que uma piada para explicar o inexplicável. Acredito que a comédia ajuda a viver, porque organiza o mundo de forma anárquica. Tudo tem a mesma importância, que é nenhuma.

Gregorio Duvivier

Uma Noite na Lua, de João Falcão

20 Vila Real – Teatro de Vila Real
21 Braga – Teatro Circo
22 Faro – Teatro das Figuras
24 Caldas da Rainha – Centro Cultural Caldas da Rainha
27 Lisboa – Teatro Tivoli BBVA
29 Leiria – Teatro José Lúcio da Silva
30 Figueira da Foz – Centro de Artes e Espectáculos
31 Porto – Teatro Sá da Bandeira

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