MÚSICA

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Fotografia: Marta Pereira / RESTART.

No segundo dia de Super Bock Super Rock chegámos, após fila antes da Ponte 25 de Abril e quatro quilómetros de fila de trânsito antes do recinto, a tempo de ver metade do concerto de The Legendary Tigerman. Bom, nada a relatar, estava no tom geral do festival, mole e sem energia (enquanto estávamos na fila conseguimos ouvir a guitarra retro de Joe Satriani). O que funciona em sala nem sempre se traduz bem em festival e eis uma boa prova... O recinto estava composto mas sem grandes enchentes, o que nos faz preferir este festival, sem grandes confusões nem multidões.

Deslocámo-nos mais tarde à tenda da Antena 3 onde se preparava Capicua, a nossa rapper maria-capaz que deu show à grande com direito a animações vídeo realizadas em directo. A tenda estava cheia, pois tinha começado a chover já durante o concerto de Tigerman e este era o único local abrigado da chuva (é proibido levar guarda-chuva para o recinto). Mas se ao princípio a rapper estava preocupada em saber se a grande multidão que ali estava apenas queria evitar uma molha, o espectáculo que deu pôs toda a gente a dançar, a aplaudir e a gritar CA PI CU A!!! E as lágrimas vieram-lhe aos olhos. Capicua é uma mulher cheia de força, ritmo, palavras e pulmões. Nota: nunca evitem um concerto de Capicua, pois vale sempre a pena!

Saimos porque queriamos experimentar o som das Sleigh Bells quando percebemos que já não chovia mas a água deu cabo do Palco EDP. No palco Super Bock quem tocava era o vazio também. Grande confusão, a chuva estragou o dia quase totalmente. E não devia, pois todas as previsões avisavam para a ocorrência de chuva e não custaria nada ter feito a cobertura dos palcos antes dos concertos. Woodkid foi a banda que tentou animar a malta e lá conseguiu injectar alguma energia. Uma enorme interrupção para cobrir o palco EDP e lá veio Cat Power que estava a dar um belíssimo concerto quando foi obrigada a cantar apenas meia hora. Sim até chegou um senhor a avisá-la para parar e tudo. A desculpa dada era a possibilidade de nova chuvada que nunca chegou a vir. Os fãs ficaram furiosos e até quem não era fã ficou triste e indignado por se “capar” um concerto tão bom, em nome da chuva e do senhor Eddie Vedder que já tinha começado e não queria que o seu som fosse maculado.

Eddie Vedder depende da sua voz magnífica, evocativa dos 90's e tão emocional que poderia cantar qualquer coisa e ficaria sempre bem. Mais uma vez no tom suave do festival, deu uma boa actuação com a convidada especial Cat Power que lá conseguiu cantar mais alguma coisita.

No final, pelas três da manhã parece que as Sleigh Bells lá conseguiram tocar mas a paciência tem limites e a essa hora já nos fazíamos a caminho de casa. Com medo que a chuva voltasse e as confusões também, não fomos no Sábado. A canseira tem limites e a desorganização também.

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