Aí vem mais um novo ano!
Lisboa, Phnom Penh, Ko Phangan... e o melhor é que não faço ideia onde vou passar o próximo.
O Songkran é de 13 a 15 de Abril e é um ritual de purificação em forma de festa da água.
Qual a melhor altura da vida de uma pessoa para comprar uma super soaker – quem é que não tem esta dúvida? É agora e aqui!
Durante esses dias, por todo o país, os tailandeses saem à rua munidos de pistolas de água e baldes de todos os tamanhos, até ao bidão (palavra que eu não podia perder a oportunidade de escrever) para molhar todos os que passam na rua a pé ou em qualquer meio de transporte.
São magotes a mandarem-nos água à cara a cada passo. Daí que, lamento, não tenha fotografias que documentem o festim. Mas estão a ver os Santos em Lisboa? É mais ou menos (menos). Arraiais em cada canto com música popular e pessoal com os copos a chamar-nos para dançar. E baldes de água pela cabeça abaixo. Além disso faz-se uma pasta com que pintam a cara, deles e nossa, que serve para dar boa sorte e purificação, como a água.
Antes de irem comprar o whisky, é suposto irem aos templos oferecer comida e molhar um bocadinho os Budas. Durante estes dias, no Sul da Tailândia, diz a tradição que se deve trabalhar e gastar o menos possível, portanto, sobra festa.
Mas nem tudo é pera doce. Com baldes de água e de whisky, este é o período do ano mais perigoso para andar na estrada: este ano em 4 dias morreram 338 pessoas e 2891 ficaram feridas só em acidentes na estrada. Eu sei, não faz sentido nenhum.
Fora esta estouraria e as festas da lua cheia, lua nova e meia-lua (sim, não perdem uma), Ko Phangan é uma ilha pacata onde pouco se passa para além do inacreditável azul do mar (ou da piscina) e dos acidentes de mota com turistas.
Amanhã, e depois de mais uma viagem de pelo menos 15h, hei-de escrever-vos da Malásia.
Feliz ano Novo!