DIÁRIOS DO UMBIGO

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Estávamos nós num autocarro há horas, sem dormir e sem ar condicionado, quando abrimos o guia no mapa de Bali para decidir onde vamos quando este autocarro parar. Depois de tanto e tão mal ouvir falar da turistada de Bali e seus males adjacentes decidimos saltar quase tudo e parar quase ao calha numa vila piscatória antes do salto para Lombok, ilha depois.

Padangbai.

Na linha da praia só hostels baratos e restaurantes de peixe acabado de pescar. Boa escolha. Por €10 estamos a 5m da areia com pequeno-almoço incluído. E ventoinha!

A terra são três ruas e três praias com promessa de snorkeling espectacular com corais, peixes coloridos, tubarões e mantas de alguns metros. Fotografias e vídeos é que não há, falem com os cambodjanos que nos roubaram a GoPro.

Mesmo estando na ponta de Bali já se nota a diferença, os locais já lidam connosco como turistas e já falam inglês – em Java era vê-los a falar indonésio sem parar à espera que respondêssemos enquanto sorriam – e já há muito hambúrguer e pizza à venda para quem está farto de arroz.

Não há grande história sobre Padangbai, normalmente é só paragem entre autocarro e ferry. Para nós foi morada de alguns dias para eu fazer anos entre viajantes simpáticos que pescaram o nosso jantar e traziam Bombay na mochila.

Foi como voltar à terra dos avós: pode já não se conhecer ninguém e haver quase nada para fazer, mas o café central lá está para se entrosarem os estranhos entre cada cartada e de portas abertas toda a noite, mesmo que seja às escuras, para não interromper as conversas, agora entre amigos.

Bali-2

* Este texto não é escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

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