Imagem de capa: David Malkovic, Scenes for a New Heritage.
No 30º aniversário da classificação de Évora como Património Mundial pela Unesco, o Fórum Eugénio de Almeida inaugura amanhã Todo o Património é Poesia, uma ambiciosa exposição internacional na qual propõe um questionamento e uma reflexão sobre o Património na contemporaneidade.
20 artistas, entre eles Ai Weiwei, Anri Sala, Clemens Von Wedemeyer, Danh Võ, Francisco Tropa, Susana Mendes Silva ou Pedro Cabrita Reis traduzem uma visão alternativa e contemporânea de Património, interpelando o público a repensá-lo quer do ponto de vista individual, quer enquanto pilar da identidade e memória de uma comunidade e país.
Através das obras expostas, a exposição considera um conjunto de hipóteses sobre visões alternativas e contemporâneas de Património e coloca múltiplas questões ao visitante, entre elas: Como ultrapassar a tendência universalista dominante de uma visão do património? ou Como refletir o património para além do passado e perspetivá-lo no futuro? Trata-se de uma exposição em que não só se reflete sobre património, mas também sobre a ideia de cidade, e em particular sobre a cidade de Évora. Neste sentido o Fórum desafiou a Câmara Municipal de Évora, Direção Regional da Cultura do Alentejo e o Cabido da Sé de Évora a propor intervenções em espaços da sua tutela como as Termas Romanas e a Igreja do Salvador.
Com curadoria de Filipa Oliveira, a mostra sublinha uma posição pluralista que aceita a subjetividade concetual das visões sobre o Património, exortando a uma vivência e a ativação quotidiana do Património no presente. Se o Património é passado, é memória, ele é também construído no presente, a cada dia. E este é um dos grandes desafios da atualidade: que legado queremos deixar hoje para o futuro?
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De 14 de maio a 28 de agosto no Fórum Eugénio de Almeida