Depois do sufoco de Banguecoque mandamo-nos o mais rapidamente possível para a lady of the north, chamam-lhe. Sufoco de quê, perguntar-me-ão os que estiverem a ler a sério, do ar sujo e pegajoso, do regateio constante, do assédio agressivo dos condutores de tuk-tuk, das massagens tailandesas a magotes em cada esquina, das pessoas. Pessoas por todo o lado. Todo.
Enfim, lá fugimos, e o mais rapidamente possível é uma viagem de autocarro de 12h. Dada a condução do senhor eu diria que era caminho para 16h, caso não passasse tanto dos 150.
Bom, Chiang Mai!
Aqui pode respirar-se sem estranhos sempre aos encontrões e sentimo-nos menos cozinhados ao vapor, já que o calor aqui é mais para o alentejano. Mas o melhor, minha gente... a comida claro está! Eu já tinha salivado muito com os primeiros impactos na capital, agora imaginem sair de um bife na Portugália para ir comer uma posta mirandesa à Gabriela. Pois. (Vão pesquisar que eu também não tenho que fazer tudo). Aqui qualquer restaurante, leia-se barraca-de-beira-de-estrada, tinha potencialmente a comida mais saborosa de uma vida. Houve uma refeição em particular que me escandalizou todo o tempo pelo excesso de sabor, pelo festim gustativo que era cada colherada. Exagero, dirão, então vão lá ao Krua Dabb Lob comer a Tom Yam Soup a ver se conseguem ser menos emocionais.
Depois, aqui há tantos mercados de comida a toda a hora que demos por nós no último dia a pedir uma torradinha ao pequeno-almoço, já completamente enjoados por termos comido a Tailândia inteira.
Que boa comida!
Fora isso pouco mais há a contar: templos, budas e monges por toda a parte, promessas de lagos que nunca encontrámos e um labirinto de ruas tal que perdemos a casa todos os dias.
Bem mais gira Chiang Mai, sim, mas aquelas espetadinhas de tudo, isso sim, vale a pena à séria.