FOTOGRAFIA

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Desde 2009 que a FNAC tem um especial enfoque na área da fotografia atribuindo prémios e menções honrosas aos que mais se destacam em termos de novos talentos. Os trabalhos têm sido fantásticos e para além dos prémios os vencedores têm obtido visibilidade através da exposição das suas fotografias. Este ano a iniciativa repete-se e a candidatura poderá ser feita até ao dia 30 de Setembro. Aqui vos deixamos o link para o regulamento.

No ano passado a grande vencedora foi Tânia Cadima com o seu trabalho O Brejo, que se destinguiu entre os 148 portefólios entregues a concurso. Seguiram-se três menções honrosas para os trabalhos Obras de Misericórdia de Attilio Fiumarella, A Casa de Pedro Duarte e A Curva da Estrada de Rui F. Marques. Neste link poderá encontrar os trabalhos vencedores do ano passado.

2009

A aventura remonta a 2009, ano em que Cátia Alves e Miguel Proença foram os vencedores das menções honrosas e Miguel Godinho o grande vencedor com o trabalho Mimesis. Influenciado por Stephen Shore e Martin Parr, dois dos seus autores de referência, conhecidos por terem um olhar crítico sobre a sociedade moderna, consumismo, costumes e hábitos quotidianos. "A minha intenção foi a de documentar e caracterizar o consumismo crescente de objectos que reproduzem fielmente a natureza por acção do Homem", constatou Miguel.

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Mimesis, Miguel Godinho

Com Um dia Pergunto o teu Nome, Cátia desenvolveu um trabalho assente no conceito de impenetrabilidade da superfície, das limitações do acesso ao outro numa sociedade assente em imagens. Segundo a artista: "Não são retratos de um indivíduo, porque isso revela-se um exercício insustentável. São retratos da nossa pluralidade, identidade globais dispostas em catálog0".

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Um dia Pergunto o teu Nome, Cátia Alves

Com a reportagem Los Agarradores Miguel Proença documenta a vida de um grupo de homens que, em cada Verão, se exibem nos montes da Galiza, para, com gritos guerreiros, a obrigarem os cavalos a descerem das montanhas aos vales. As imagens mostram movimentos bruscos e violentos, onde a dinâmica do corpo humano se assemelha à do cavalo.

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Los Agarradores, Miguel Proença

2010

Frederico Azevedo foi o grande vencedor de 2010.  In Between é um trabalho que desenvolve desde 2005 entre Portugal, Berlim e a Ucrânia. "As pessoas que cruzo nesses sítios oferecem-me uma visão mais humilde do ser humano. Os seus retratos são meus espelhos, e neles encontro a libertação e a expressão emotiva que os auto-retratos me proporcionavam antigamente". Mais do que um diário de viagem, é um excelente diário documental.

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In Between, Frederico Azevedo

Com A História Daquilo que é Maria-do-Mar Pedro Rêgo venceu a menção honrosa através de um trabalho que consiste num conjunto de estudos sobre a evidência dos objectos do seu universo familiar, extracções/registos do quotidiano. Objectos comuns, cuja singularidade reside na forma como estão dispostos no mundo mostrando-se através de um olhar melancólico mas solar.

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A História Daquilo que é, Maria-do-Mar Pedro Rêgo

2011

Lara Jacinto vence o concurso de 2011 com Arrefeceu a cor dos teus Cabelos. O trabalho reflecte a passagem do tempo na forma como vemos os outros e cada um se vê a si próprio.Duas pessoas procuram vestígios do que foram, ao mesmo tempo que tomam consciência de que tudo se altera à passagem do tempo; conseguem, no entanto, apaziguar o confronto dessas memórias com a realidade que agora encontram.

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Arrefeceu a cor dos teus Cabelos, Lara Jacinto

Ana Maria Russo vence a Menção Honrosa com o projecto 4/365. Desenvolveu-o ao longo de 4 estações e 365 dias e tem o seu teatro ao longo de alguns quilómetros que separam pequenas povoações do Distrito do Ribatejo e de Lisboa. Serpenteiam entre Manique do Intendente e Arrifana. Arrifana e Albergaria. Albergaria e Almoster. A ideia passou por fazer um levantamento da vida que existe ao longo das bermas de estrada. "Optei por apresentar aqui apenas a flora, embora as naturezas mortas, que os motoristas teimam em “semear”, produzam material mais do que suficiente para a construção de alguns projectos muito interessantes".

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4/365, Ana Maria Russo

2012

Em 2012 Francisco Mendes e Tiago Casanova  são os vencedores das menções honrosas e foi Nuno Tavares o grande vencedor. Em Meus, Nuno Tavares homenageia aqueles que o fazem ou fizeram sentir vivo. "Raramente pré-concebo os motivos que fotografo, mas quase sempre retrato os motivos que me levam a fotografar: as pessoas que por mim passam. As que me ficam, as que me partem… e os lugares devolutos que me cativam passam a ser os espaços cénicos que uso para as fotografar, onde emprego sempre características de interpretação corporal e teatral. Assim, aos poucos e poucos em tom de intimidade e gracejo, vão surgindo as pequenas mas tão nossas imagens".

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Meus, Nuno Tavares

Com Abstinência. Peleja. Poder Francisco mendes retrata a luta. Uma luta que não é apenas feita de socos e pontapés, movimento. Com esta série de fotografias, procurou demonstrar a braveza e a violência presente nesta actividade e por outro, a ideia de que existe um código de conduta indispensável ao fenómeno.

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Abstinência. Peleja. Poder, Francisco Mendes

Na série Paisagem Híbrida, Tiago Casanova pretendeu guiar o espectador numa viagem pela ilha da Madeira através de um percurso fictício que evidencia relacionamentos e confrontos entre os vários elementos que compõem este território. Um confronto entre Estado Selvagem e Transformação, que resulta num ser híbrido Natureza-Construção.

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Paisagem Híbrida, Tiago Casanova

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