No final de 2013 descobri o modelo perfeito: um ovo. Além de comer vários por dia em busca de proteína, o ovo não se mexe, não sai do sitio, está sempre bem (ou quase) na pose.
Este (ovo) apresentou-se como o desafio perfeito para testar a capacidade de focagem do iphone e fazer iphonographia em torno de uma forma redonda e com fundo. Para adensar a dificuldade as fendas (marcadores focais) e o processo de micro-iluminação foi todo construído de acordo com o mesmo de forma a ter atmosfera sobre o sujeito sem que o mesmo deixasse de ser inequivocamente o assunto.
São fotos de estúdio onde o modelo roda sobre si mesmo, remontando ao trabalho de 2013 (#macroegg e #eggrotation) em que macro-fotografia digital torna o detalhe do ovo numa escala de ampliação de 1,5mt x 1mt em paisagem:
Nesta selecção que apresento agora encontramos uma “preview” a partir dos detalhes partilhados no instagram da evolução do estudo em torno desta forma. Agrada-me a leitura do ovo como contentor de órgãos ou resultado de uma acção (seja nascimento, morte, transformação em comida...)
Assim também o é o nosso corpo e o das codornizes – que talvez sejam bom assunto para próxima sessão.
Seja como for o ovo (ovos) usados foram tratados da melhor forma e transformados posteriormente em comida.
Parte destas obras poderão ser vistas na Galeria Luís Serpa Projectos durante este ano.