• none
por

Imagem de capa: José de Almada Negreiros (1893-1970), Autorretrato, sem data, grafite e tinta da china sobre papel, 43,5 x 58,3 cm.

"Isto de ser moderno é como ser elegante: não é uma maneira de vestir mas sim uma maneira de ser. Ser moderno não é fazer a caligrafia moderna, é ser o legítimo descobridor da novidade." José de Almada Negreiros, conferência O Desenho, Madrid, 1927

Está apenas há três dias na Fundação Calouste Gulbenkian e as filas já são intermináveis com um cálculo de 1h30mn de espera. A Umbigo tentou ir lá ontem, ainda se cruzou com o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, mas devido ao fluxo de público a curiosidade ficou adiada. Não é para menos pois passou cerca de um quarto de século desde a última grande exposição dedicada a Almada Negreiros.

AlmadaNegreiros
José de Almada Negreiros (1893-1970), desenho para livro Lisboa, Oito Séculos de História (1947), 1946, tinta da china e guache sobre papel, 50 x 70 cm, coleção particular

Trata-se de uma grande retrospetiva que reúne mais de 400 trabalhos do artista, muitos deles inéditos. Com a curadoria da historiadora de arte Mariana Pinto dos Santos a mostra José de Almada Negreiros, uma maneira de ser moderno propõe um olhar inovador sobre um dos mais criativos artistas nacionais, reavaliando o seu lugar na história dos modernismos.

Almada-Negreiros
José de Almada Negreiros (1893-1970), Banhistas (Pintura para o café A Brasileira do Chiado, Lisboa), 1925, óleo sobre tela, 131 x 166 cm, Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna

A exposição ocupa as duas salas de Exposições Temporárias da Sede da Fundação e organiza-se em oito núcleos temáticos com vários fios condutores. Para além da exposição haverá toda uma programação complemetar: a peça de teatro Antes de Começar pelo Teatro da Esquina, a exibição da obra multimédia Almada, Um Nome de Guerra, realizado por Ernesto de Sousa, visitas às Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos, mesas-redondas com vários investigadores de diferentes áreas e ainda um ciclo de cinema na Cinemateca Portuguesa. Neste link poderá encontrar toda a informação complementar à exposição.

Almada Negreiros privilegiava o sentido da visão sobre todos os outros, entendendo-o como raiz de toda a arte e pensamento.

ARTIGOS RELACIONADOS

Arte

Newsletter

Subscreva-me para o mantermos actualizado: