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É amanhã, dia 1 de Outubro, que inauguram quatro exposições no âmbito da Trienal no Alentejo. A cidade que as acolhe é Évora.

A Trienal no Alentejo, evento organizado pela Associação Aspas e Parênteses, tem como objectivo trazer a esta região portuguesa alguns dos mais significativos nomes da cena artística contemporânea. Inspirados no património natural, humano, histórico e cultural, os diversos projetos artísticos são concebidos in site specific no âmbito da Trienal para os mais diversos locais (adegas ou lagares, montados ou quintas, ruas ou centros comunitários, igrejas ou museus). As obras são depois produzidas e instaladas na região, mas também fora, nos grandes eventos mundiais, tornando-as consequentemente em veículos de promoção e divulgação nacional e internacional da especificidade e riqueza da sua cultura.

Assim, para a inauguração Ricardo Calero leva ao Museu de Évora, pelas 17h30, os materiais resultantes da instalação Espaço de Pensamentos II – uma escultura nómada que é também um espaço de programação onde se travam conversas sobre cultura, arte e património. A obra em ferro, construída nos estaleiros da LISNAVE e inspirada nas chaminés alentejanas, patente desde Junho na Praça do Sertório, é a protagonista das imagens captadas durante o período de residência do artista espanhol no Alentejo e a fase de produção e transporte da peça para Évora. Uma homenagem à paisagem natural e arquitectónica alentejana. Patente até 23 de Novembro.

Também no Museu de Évora, e a pretexto da comemoração dos 200 anos da morte de D. Frei Manuel do Cenáculo, a exposição Museografia, do artista português Rodrigo Bettencourt da Câmara, propõe um olhar a algumas das peças que integram o acervo do museu. Este projecto fotográfico, constitui-se como um olhar atento sobre a diversidade de objectos de pequenas dimensões que compõem o espólio desta instituição. Patente até 4 de Janeiro

Às 19h30, no Palácio dos Duques de Cadaval, a inaugura Libations do artista norte-americano Michael Petry, evocando a tradição vitivinícola no Alentejo associada ao simbolismo da talha como objecto usado para transportar oferendas. A performance marcada para o dia de inauguração consistirá numa homenagem à Deusa Diana, a caçadora, com recurso ao tiro com arco contra uma parede revestida a cortiça produzida na região. Patente até 30 de Novembro.

À noite, pelas 22h30, a Biblioteca Pública de Évora acolhe a exposição Dónde Dormir #4 Biblioteca, de Eugenio Ampudia, obra filmada em Portugal a convite da TnA no Palácio Nacional da Ajuda e já apresentada na última edição da ARCO, em Madrid. No Alentejo, a escolha do espaço é igualmente evocativa da figura do Cenáculo, que tem a Biblioteca Pública e o Museu de Évora entre as suas maiores realizações. Patente até 30 de Outubro.

À semelhança das inaugurações dos outros trabalhos desta série, o artista espanhol propõe uma “noite aberta” onde o público será convidado a levar os seus sacos-cama e dormir no espaço da exposição. O gesto de dormir tem sido repetido por Ampudia em lugares como o Museu do Prado, o Alhambra de Granada e o pavilhão do IFEMA na ARCO.

No novo ciclo de eventos da Trienal, que vai decorrer em outubro, está ainda incluída a inauguração, no dia 17 de outubro, da instalação Dormente de Mó de Perrine Lacroix. A artista francesa propõe uma revisitação ao património da olaria alentejana, na Casa de Burgos, em Évora.

O comissariado geral da Triena do Alentejo é  D. André de Quiroga.

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