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Michelangelo Pistoletto vai estar em Portugal para apresentar a exposição Amar as diferenças, amanhã no espaço BES Arte & Finança. Esta mostra junta o artista italiano com o realizador português Marco Martins: uma instalação entre o cinema e as artes plásticas.

Pistoletto é conhecido como um dos mais proeminentes representantes da Arte Povera. O seu trabalho aborda sobretudo questões relacionadas com a reflexão e a unificação entre a arte e a vida quotidiana, através de meios de expressão como a escultura, a pintura, a instalação e a performance. Em 2003 recebeu o Leão de Ouro pela sua carreira na Bienal de Veneza. Em diálogo com as suas obras estará o filme criado por Marco Martins que já esteve em exibição no Museu do Louvre, DOC Lisboa e Festival Internacional de Cinema de Roma, a que se junta a mais importante feira de arte contemporânea de Itália, Arte Fiera, em Bolonha.

O mote que originou a criação das instalações foi o desenvolvimento do tema do equilíbrio das diferenças como condição para uma verdadeira pacificação, nas quais o espelho funciona como um fenómeno reflexivo do pensamento. Entre elas encontram-se as instalações Love difference, Mediterranean Sea – espelho dos povos - e Cubic Meter of Infinity – espelho do próprio pensamento.

Vinte e um – O dia em que o mundo não acabou é o título do filme criado pelo realizador português em parceria com Pistoletto, a narrativa deste documentário ficcional, dividido em 12 partes, desenrola-se durante as 24 horas do dia 21 de dezembro de 2012, o dia mais curto do ano no hemisfério norte e que, segundo a civilização Maia, seria o último dia na Terra. A ideia para fazer este filme surgiu em 2012 quando o artista italiano veio a Portugal apresentar uma exposição que incluía a obra Love Difference e a instalação Terzo Paradizo (Terceiro Paraíso), tema que acabou por servir de guião ao vídeo. Entre as 12 personagens reais que dão vida a este filme encontram-se o escritor Gonçalo M. Tavares, o músico David Santos (Noiserv) e o astrofísico Pedro Gil Ferreira.

A curadoria da exposição pertence ao Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua, e como explica Renzo Barsotti, “este filme pretende marcar a celebração de uma espécie de re-birth day, lançando um olhar sobre as grandes questões do homem contemporâneo através dos simples rituais quotidianos da vida comum”.

A exposição inaugura amanhã e estará patente ao público de segunda a sexta, das 9h às 19h, até ao dia 17 de abril.

BES Arte & Finança. Praça Marquês de Pombal, 3

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