E porque a música é mesmo o mais importante, hoje vou ignorar uma série de factos em relação ao nome que destaco: o medo dos seus consecutivos cortes de cabelo, a aversão à candura dos seus 'paletós' e o facto de ter feito chorar as pedras da calçada com os seus hinos ditos românticos que percorriam o espectro de Jesus Cristo às, imagine-se, baleias.
Se ainda não perceberam de quem vou falar, eu quebro o suspense: Roberto Carlos, esse minotauro da música do país irmão. Não sei muito sobre o rei Roberto tirando alguns boatos sobre o seu distúrbio obsessivo-compulsivo, o seu 'controlo freakismo', ou até o número de dezenas de plásticas que já deve ter feito em 72 anos de vida, mais de 50 anos de carreira.
O que é importante saber é que é ele o responsável por introduzir o rock n' roll no circuito popular brasileiro, é ele o 'beatle' de Cachoeiro do Itapemirim que passeava no calçadão do Rio de Janeiro como os 4 magníficos de Liverpool atravessavam Abbey Road. Estávamos nos dourados anos 60.
São esses anos que hoje aqui recordo e com tanto carinho: os do lançamento de Louco por Você, Splish Splash, Jovem Guarda, O Inimitável, entre tantos outros álbuns. Era assim Roberto Carlos no início da sua carreira: um cantor/compositor que, acredito movido a sucesso, lançava um álbum de originais por ano e, assim, ia partindo o coração das donzelas (e não só) com os seus contos de amor e desamor passeado em cadillacs e cheio de brilhantina nos cabelos.
Assim, para fazer 'pendant' com o sol da minha e da vossa janela, deixo uma colecção de temas para 'pôr no cantante a partir' numa de 'aqui vou eu para a praia, aqui vou eu cheia de pica'.
É por temas como os seguintes que lhe perdoo ter 'visto a luz', nossa senhora!
Namoradinha de um Amigo Meu
É Proibido Fumar
Só por Amor
Mexerico da Candinha
Quero Que Vá Tudo Pro Inferno
O Sósia