DIÁRIOS DO UMBIGO

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Deambulávamos de carro pela montanha ouvindo música de vidros abertos a sentir a brisa fresca. Passámos por curvas e contra-curvas e continuámos a subir. O verde envolvente era quase negro iluminado apenas por uma ténue lua. A noite sabia bem amena e doce. Gosto da sensação de liberdade que me proporciona o poder deslocar-me suavemente pela estrada apreciando cada momento envolvido pela música. No nosso caminho deparámo-nos com um lago rodeado por um prado verdejante. Parámos. Saímos do carro à medida que a música dizia pela porta aberta do carro:

“floating free
one, two, three,
eternally
no gravity”

Deitámo-nos na relva verde à beira do lago e contemplámos o céu lado a lado de olhos entrelaçados no horizonte. O Bom Jesus iluminava-se. A voz do Matias Aguayo continuava quase angelical:

“I’m floating free
Between the stars
There is no night or day
Planet E is far away
Where I am is where I stay
I want to turn I’m here to say
Floating free
One, two, three
Eternally
You and me”

A remistura por Ewan Pearson em 2004 veio acrescentar alguma riqueza electrónica ao tema original, mantendo o balanço, o encanto e a suavidade harmoniosa do tema se bem que o maxi também contém uma versão mais ácida do mesmo.

Matias Aguayo foi lançado pela mão de Michael Mayer na sua editora Kompakt.

Tive o prazer de ouvir os Closer Musik em 2002 pouco depois de  ter saído o seu álbum After Love que me fazia as delícias nessa altura. Lá fomos  a Torres Vedras ver o duo formado por Dirk Leyers e Matias Aguayo, nesse dia com um convidado especial: o famoso Urso de Peluche, pela primeira vez em Torres Vedras no Salão de Baile da Tuna Comercial Torrense. A organização era do Nuno Branco e do Expander na sequência de uma série de ótimos eventos na Fábrica das Artes também em Torres Vedras. Cooperação essa que acabou por resultar na formação da Sonic Culture, com associação de outros elementos.

facebook.com/nupidj

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