Rússia, Mongólia, China, Nepal, Índia e Sri Lanka.
São os nomes dos seis países chave que levaram dois jovens arquitectos numa jornada de cinco meses pela Ásia, com o intuito de alcançar conhecimento e manter registos sobre a cultura, a população e a arquitectura de uma realidade completamente diferente da que estamos habituados.
Sérgio Andrade e António Duarte são os nomes destes arquitectos, cuja experiência na área não impediu o desejo de adquirir conhecimentos além fronteiras, por troca de trabalho voluntário de diferentes tipos estabelecendo contacto com organizações locais, e podendo assim contribuir com as suas habilidades como forma de colaboração e contacto directo com a população local.
O Projecto começou no dia 5 de março de 2013, com a rota a partir de Moscovo-Irkutsk (Rússia) através do Trans-Siberiano, passando por Ulan Bator, Kharkhorin (Mongólia), Beijing, Xi’an, Shanghai, Hong Kong, Macau, Guangzhou, Lijiang, Kunming (China), Kathmandu, Lumbini (Nepal), Delhi, Amritsar, Ahmedabad, Jaipur, Varanasi, Mumbai, Ajanta, Ellora, Goa (Índia), Colombo, Pollonaruwa, Galle, Sigiryia e finalizando em Anuradhapura (Sri Lanka).
Ao longo da jornada diversas aventuras se desenrrolaram – foram feitos inúmeros desvios por forma a visitar cidades circundantes, locais de carisma histórico e localidades cuja existência não consta nos guias turisticos.
No entanto houve sempre forma de relatar as peripécias através de fotografias, filmes, gravações audio e até mesmo entrevistas que foram partilhadas e divulgadas por meios digitais.
A exposição Infinisterra é o primeiro projecto de uma equipa; que se formou com o regresso do António e do Sérgio, mas que contou com a colaboração de colegas/amigos (Gordoletters, Hugo Branco, Ludgero Serrano, Luís Afflalo, Miguel Brito, Nuno Pinheiro e Raul Coelho), e juntos, transformaram todo o material produzido na jornada em realidade através de uma interpretação crítica da viagem, a partir de material completamente original, combinando diferentes métodos operativos e tecnologias, tais como a manipulação de video, áudio e fotografia; modelação digital 3D combinados com técnicas artesanais de escultura e construção de maquetes.
“As peças apresentadas foram concebidas utilizando as nossas experiências e registos da Ásia como matéria-prima para transformação poética. O conhecimento recolhido foi processado e os resultados estão abertos a interpretação por parte dos observadores.”
Cinco meses de viagem e sete de trabalho, permitiram a este grupo de 9 pessoas realizar inicialmente esta exposição na Universidade Lusíada de Lisboa, como forma de partilhar com antigos colegas, professores e pessoas interessadas esta jornada abstracta pelo conhecimento de realidades desconhecidas.
Para qualquer tipo de interessado, ou até mesmo para pessoas que ainda querem perceber como decorreu esta aventura, a exposição ainda não acabou; pelo contrario, encontra-se aberta ao publico desde o dia 16 de Maio no Edifício I do piso 2 no LX Factory.
“Esta exposição desvenda lugares únicos: uns místicos, outros decadentes - de subculturas urbanas a culturas ancestrais em lugares remotos.”