Estreia-se em Portugal, no inicio de Novembro de 2013, uma das bandas mais aguardadas e solicitadas desde último ano. Os A Place to Bury Strangers apresentam-se ao público nos dias 2, no Centro Cultural do Cartaxo, e 3 no Hard Club no Porto.
A Muzik Is My Oyster e as Cartaxo Sessions juntaram esforços e, assim, conseguiram corresponder aos pedidos de muitos que aguardavam a vinda deste “power trio”, designação para aquela que é considerada por muitos como a banda mais barulhenta do momento. Têm em carteira quatro álbuns, mas foi sem dúvida com Worship (2012) que a banda teve um reconhecimento à escala global. Estão em turné há mais de um ano, um pouco por todo o mundo, nos palcos de alguns dos maiores festivais, tais como Coachella, Primavera Sound, Leeds e Reading, SXSW (em várias ocasiões) e Austin Psych Fest.
A banda traz na bagagem Strange Moon, o último trabalho acabado de gravar em Março deste ano, e enquanto promove o penúltimo trabalho, apresenta simultaneamente o resultado das últimas gravações. A sua sonoridade vagueia por um ambiente de noise rock, fusão dos termos psychedelic rock, shoegaze and space rock. Há também quem os compare aos Black Rebel Motorcycle Club, de quem já fizeram as primeiras partes, e inevitavelmente aos Jesus And Mary Chain. A quem ainda não os conhece, o vocalista Oliver Ackermann descreve assim a banda: “...tocamos um rock and roll escuro, super intenso, louco e destrutivo. É uma experiência intensa em todos os sentidos. Viajar (tripping, no original) na música”.
A Cartaxo Sessions é uma associação sem fins lucrativos que agrega esforços de pessoas dos mais variados quadrantes. Pode dizer-se que têm em comum o amor pela música e a certeza que estão a contribuir de forma ímpar para colocar o Cartaxo ainda mais no mapa, “porque nem só de vinho vive o Cartaxo” – afirmo eu.
Os membros das Cartaxo Sessions estão de parabéns pelo seu empenho. Conseguiram criar, no Centro Cultural do Cartaxo, um roteiro indispensável para os apreciadores do circuito dito “underground”. Por lá já passaram bandas de vulto a nível nacional e internacional, como é o caso dos Dead Skeletons, The Telescopes, Les Baton Rouge e Psychic TV.
Toda a imagem do CC do Cartaxo é da exclusiva responsabilidade da Discordian Ink, do artista Jaime Raposo. Segundo ele, goza de toda a liberdade criativa e o resultado final deve-se à fusão da identidade visual e sonora das bandas com o seu próprio vocabulário gráfico, assim como o seu relacionamento sinestésico com a música. Por palavras suas: “Para além de ouvir música, vejo música e, dessa forma, tento que os cartazes sejam um encontro destas cumplicidades perceptivas”. Os seus trabalhos estiveram em exposição neste mesmo local de 22 de Março a 10 de Maio 2013.
