A 8ª edição do Serralves em Festa realiza-se a 28 e 29 de Maio, durante 40 horas consecutivas. Este é o maior festival de expressão artística contemporânea em Portugal e um dos maiores da Europa, com actividades para todas as idades, para todas as famílias e para a família toda. São centenas de eventos a decorrer nos vários espaços de Serralves e também em alguns pontos da Baixa do Porto e no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. O Serralves em Festa é já ponto de passagem obrigatório para dezenas de milhares de pessoas.
Das 8h da manhã de sábado, 28 de Maio, até às 24h de Domingo, 29 de Maio, Serralves recebe mais de 240 eventos, com actividades pensadas para todas as idades. Estão representadas as áreas da Performance, Música (Improvisada, Pop Rock, Electrónica, Experimental, Jazz, DJs), Dança Contemporânea, Acrobacia, Circo Contemporâneo , Circo de Objectos Sonoros, Teatro (Teatro de Rua, Teatro para Infância e Juventude, Teatro de Marionetas) Cinema, Vídeo, Instalação, Fotografia, Visitas Orientadas, Exposições, Workshops e actividades para Crianças e Famílias.
Programação
AS FAR AS THE EYE CAN HEAR
Dança Contemporânea
De Martine Pisani, com interpretação de Nilo Gallego, Theo Kooijman e Ludovic Rivière
Concebida pela coreógrafa francesa Martine Pisani para três intérpretes, "As Far as the Eye Can Hear" ambiciona a construção de uma imagem do tempo. Uma forma em perpétuo devir que se constrói ao mesmo tempo que se desfaz. Seja urbano, campestre, abrigado, exposto ao vento, o ambiente é tido em conta, mas a proposta é criar a nossa própria paisagem, uma paisagem no interior da paisagem, um clima dentro do clima. Como enquadrar esta imagem na imagem maior que nos oferece a paisagem? O que perceberá o público face ao que acontece? Em "As Far as the Eye Can Hear" a dança aparece na realização de gestos do quotidiano: os bailarinos executam saltos ao ralenti, decompõem o movimento da corrida, apertam as mãos sem desprender os braços, correm e andam sem motivo aparente.É da sua determinação que nasce o efeito burlesco e enigmático.
PFFFFFFF!
Circo Contemporâneo
Cie Akoreacro
O som do fogo de artifício, da abertura de uma garrafa de champanhe, de um avião que se escapa no céu, "PFFFFFFF!" é um murmúrio ligeiro, a respiração perfeita deste espectáculo de Circo, Trapézio, Acrobacia e Música. "PFFFFFFF!" inspira-se num conto popular onde sete homens trapezistas fazem a corte a uma mulher. Quem vai ela escolher? A companhia Akoreacro escolheu duas linguagens para evocar o encontro e a reconciliação entre estas pessoas: a acrobacia e a música. A acrobacia, o trapézio e outros equilíbrios são de tirar a respiração e a música transporta-nos para uma alquimia de sons que inclui improvisações, tango, hip-hop, jazz… Em "PFFFFFFF!", estreada em França em 2011, encontramos a alegria de viver, de dançar e de levar o corpo num turbilhão de piruetas surpreendentes por uma viagem que promete ser revigorante e singular.
CHICKS ON SPEED (Festa no Prado)
Música Pop/Electrónica
Chicks on Speed é um projecto artístico, interdisciplinar e criativo conhecido pela energia fulgurante das suas protagonistas. Alex Murray-Leslie (Austrália) e Melissa Logan (EUA) fundaram o colectivo em 1997. As Chicks on Speed cantam, dançam, desenham, pintam, fazem exposições, dão conferências, publicam, concebem roupa vanguardista, esculturas, instalações, etc. Embora possam ser associadas aos movimentos electropop, electro-clash, punk-inspired DIY ethic (“do it yourself ethic”), dadaísta ou feminista é difícil encerrá-las em qualquer uma dessas categorias. São mais do que uma banda. São artistas e investigadoras com humor e boa disposição. No Serralves em Festa, estarão presentes com um percussionista convidado, para um espectáculo com doses substanciais de energia e irreverência.
PERICO SAMBEAT FLAMENCO BIG BAND
Música Jazz
A Flamenco Big Band é o último dos grandes projectos liderados pelo saxofonista Perico Sambeat, o mais português de todos os sevilhanos. Multiinstrumentista emérito (sax alto, sax soprano, clarinete, flauta), a sua grandeza musical permanece injustificadamente um dos grandes segredos do jazz europeu. Perico foi, há muitos anos, descoberto e quase de imediato adoptado pela comunidade jazzística portuguesa. Figura familiar das noites do Hot Clube, é cúmplice habitual do pianista Bernardo Sassetti e da Orquestra de Jazz de Matosinhos. Dono de uma extensa discografia, Sambeat juntou ao seu currículo a sua primeira grande orquestra, esta Flamenco Big Band, acrescentando mais um elo à cadeia histórica desse cíclico enamoramento do jazz com o flamenco.
GANG GANG DANCE (Festa de Encerramento)
Música Pop Experimental
Os Gang Gang Dance afirmaram-se internacionalmente a partir do lançamento do seu álbum "God's Money", de 2005, resultado do trabalho que vinham desenvolvendo na cena da música experimental de Brooklyn, a par de outras bandas como os Animal Collective, Black Dice e TV on The Radio. A banda tem seis álbuns editados e um lugar indiscutível no panorama musical e artístico nova-iorquino. Para além da voz de Lizzi Bougatsos, utilizam uma grande diversidade de instrumentos electrónicos e tradicionais, sobretudo de percussão, e fundem no seu trabalho a música com as artes visuais, produzindo e misturando vídeo, projecções, música e pintura. Experimentam os instrumentos electrónicos com que se vão deparando e não procuram tecnologia de ponta, não têm a preocupação da perfeição tecnológica, interessam-se sim pela experimentação e pelos resultados musicais que daí advêm. A música é construída de forma instintiva, muito emocional e enérgica.
MAKE LOVE NOT WAR
João Paulo Seara Cardoso
Teatro de Marionetas
Parceiro: FITEI, Teatro de Marionetas do Porto / Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua
"Make Love Not War" é um espectáculo a partir de Lisístrata, de Aristófanes, com dramaturgia de João Paulo Seara Cardoso. Lisístrata é uma peça contra a guerra, uma apologia da paz e da concórdia entre os homens. Nela se atacam os velhos que governam a nação e gastam em armas o dinheiro necessário para outros fins. As mulheres, sob a direcção de Lisístrata, revoltam-se e conseguem pôr fim à guerra que opunha Atenienses e Espartanos e trazer para casa os maridos e filhos. Utilizam para isso a arma do sexo: não se deixarão possuir por homem algum enquanto não acabar a guerra e não se fizerem as pazes. Representado em 411 a.C., o texto continua hoje a ser, em muitos aspectos, ousado e actualíssimo.