Em outubro deste ano, o Malta International Contemporary Art Space (MICAS) – o primeiro museu do país dedicado exclusivamente à arte contemporânea – abriu as suas portas com uma exposição de Joana Vasconcelos. Convidada para assinar a mostra inaugural do museu, a artista portuguesa apresenta uma seleção das suas grandes instalações, num diálogo com o projeto patrimonial e a arquitetura do novo edifício, situado no emblemático Ospizio – uma fortaleza do século XVII, restaurada, com vista para o Porto de Marsamxett e a cidade de Valletta. Dentre as peças que podem ser visitadas até março de 2025 estão Árvore da Vida, O Jardim do Éden e Valquíria Mumbet.

Logo em seguida, em novembro, a propósito de uma grande escultura ao ar livre encomendada ao maltês Ray Pitre, junta-se ao programa expositivo uma seleção dos seus desenhos, pinturas e trabalho escultórico. A prática de Pitre, artista representante de Malta na Bienal de Veneza de 1999, baseia-se na sua memória autobiográfica e geografias pessoais – temas que se desdobram numa multiplicidade de formatos.

As exposições que compõem a agenda do museu a partir do próximo ano, e até 2026, já são conhecidas, e refletem um processo curatorial atento a questões prementes no contexto maltês, europeu e global. Em maio de 2025, todos os espaços da galeria serão ocupados com uma mostra coletiva de alguns dos principais artistas contemporâneos de Malta, colocando em foco a riqueza e diversidade da produção atual nacional. A exposição inclui nomes como Caesar Attard, Austin Camilleri, Joyce Camilleri e Anton Grech, e marcará também o início de um ciclo regular dedicado à arte maltesa.

A partir de outubro de 2025, o museu convida, ainda, o expoente da cor modernista Milton Avery – em diálogo com artistas contemporâneos inspirados pela sua abordagem, como Barnett Newman e Mark Rothko – e, desde fevereiro de 2026, Reggie Burrows Hodges, que apresenta um conjunto de obras inéditas, criadas especialmente para o MICAS.

Entre comissões e uma programação ambiciosa, o MICAS pretende, assim, afirmar Malta como um destino global de arte contemporânea, ponto de encontro insular entre tradições, inovações e diálogos culturais. Para consultar a informação completa e descobrir as notícias mais recentes sobre o centro cultural, acesse micas.art.