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Fertile Futures na 18ª Bienal de Veneza de Arquitetura

Com a curadoria de Andreia Garcia e co-curadoria de Ana Neiva e Diogo Aguiar, Fertile Futures é o tema da proposta portuguesa para a Representação Oficial Portuguesa da 18ª Exposição Internacional de Arquitectura – La Biennale di Venezia 2023, organizada e comissariada pela Direção-Geral das Artes.

Como produto de uma reflexão mais vasta proposta por Lesley Lokko, curadora responsável desta edição, a Bienal terá como mote O Laboratório do Futuro, uma ideia que devolve à disciplina da Arquitetura o seu caráter naturalmente experimental, dialógico e colaborativo.

Assente neste princípio basilar e respondendo a esta convocatória, a Representação Portuguesa incide sobre os recursos hídricos e sobre a gestão, reserva e transformação das chamadas hidrogeografias, tratando-se de um resultado-processo que investiga práticas e políticas de administração, e problematiza a forma como se tem olhado para o território, os rios e as bacias, depois de uma tomada coletiva de consciência dos impactos do Antropoceno sobre as geografias locais e globais.

Cabe aqui à Arquitetura mediar conflitos, debates e projetos, concretamente através da voz e obra de diversos especialistas que deverão focar-se em sete casos de estudo: o impacto da Gigabateria na bacia do Tâmega (Space Transcribers + Álvaro Domingues); o incumprimento da convenção no Douro Internacional (Dulcineia Santos Studio + João Pedro Matos Fernandes); a extração mineira no Médio Tejo (Guida Marques + Érica Castanheira); a imposição de interesses na Albufeira do Alqueva (Oficina Pedrêz + Aurora Carapinha); a anarquia no perímetro de rega do Rio Mira (Corpo Atelier + Eglantina Monteiro); a sobrecarga das lagoas na Lagoa das Sete Cidades (Ilhéu Atelier + João Mora Porteiro) e o risco de aluviões nas Ribeiras Madeirenses (Ponto Atelier + Ana Salgueiro Rodrigues).

O primeiro momento de Fertile Futures acontece já nos próximos dias 28 e 29 de janeiro, no Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa, com a convocatória de 16 oradores nacionais e internacionais para as Assembleias de Pensamento – uma oportunidade para o engajamento público, a pedagogia, o debate político e a sensibilização, a decorrer em cinco fases e cinco localidades distintas: Lisboa, Veneza, Braga, Faro e Porto Santo.

Sábado (das 10h20 às 13h30 e das 15h00 às 17h30) e Domingo (das 10h20 às 13h30) estão programadas as participações de Álvaro Domingues, Ana Salgueiro Rodrigues, Ana Tostões, Andres Lepik, Aurora Carapinha, Eglantina Monteiro, Érica Castanheira, Francisco Ferreira, João Mora Porteiro, João Pedro Matos Fernandes, Luca Astorri, Margarida Waco, Marina Otero, Patti Anahory, Pedro Gadanho e Pedro Ignacio Alonso.

A Umbigo é parceira nesta construção colaborativa e horizontal, estando já a preparar o seu contributo para este debate numa das edições de 2023, com a expetativa de alargar os espectros de atuação, reflexão e intervenção críticas que a arte e a arquitetura podem ter.

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