X Edição do Jardins Efémeros
“O princípio é a incerteza. O fim é o fascínio” – é este o mote que abre o conceito editorial ou curatorial que estabelece a programação para os Jardins Efémeros’22. Com criação e direção artística de Sandra Oliveira, o Jardins Efémeros é um festival de música e arte que vive assumidamente da cidade de Viseu, que cruza Cultura e Natureza, Passado e Contemporaneidade, Arte e Exploração. A Incerteza é, portanto, a proposta base para a indagação, a experimentação, o desvio e a procura, sendo que é o caminho até lá o que realmente importa reter.
Na música, é a versatilidade da obra de Pino Palladino, Sam Gendel, Blake Mills e Abe Rounds que abrem as grandes atuações desta edição. Pino Palladino, relembre-se, é um dos mais reputados baixista internacionais, com uma carreira premiada, e Sam Gendel tem vindo a ser apontado como um profícuo saxofonista e produtor. Sem esquecer ainda, a participação do artista finlandês Vladislav Delay, que deverá apresentar música ainda não ouvida, com um repertório variado de originais e de colaborações que incluem diversos artistas de renome.
Do Open Call para artistas sonoros, a comissão de avaliação constituída por Beatriz Rodrigues, Catarina Machado e Sandra Oliveira selecionou quatro participações num total de 67 candidaturas. Desses quatro constam Yamila, cuja prática performativa está profundamente arreigada na dança de música eletrónica e analógica, misturando depois a tradição e a experimentação; Nuno Mourão, que irá apresentar o seu trabalho na percussão; Wipeout Beat, constituída por três “veteranos” músicos conimbricenses e autores de No more nights; e, finalmente, Rachika Nayar, uma compositora do Brooklyn que tem vindo a explorar o processamento digital do som da guitarra.
Cidade Invisível suporta a programação do Jardins Efémeros relativa à vivência da cidade, ao espaço urbano e à arquitetura, com uma série de propostas que integram um vasto trabalho colaborativo entre alunos da Escola Superior de Educação de Viseu e alunos da Escola Secundária Viriato, e organizado pelo Coletivo de artistas LP2, por Paula Rodrigues (ESEV), Ana Paula Barbosa (ESV) e Paula Soares (PNA).
No que ao programa de serviço educativo diz respeito, participação, reflexão e democracia são os grandes princípios orientadores, desenvolvendo-se, para esse fim, várias oficinas no recentemente implementado projeto do Jardins Efémeros, a Casa da Imaginação. Pretende-se que as mais de uma centena de sessões venham a desenvolver as capacidades críticas e criativas, tão necessárias a vida democrática.
A X edição do Jardins Efémeros decorre de 6 a 18 de julho, com entradas livres. Mais informações e acesso à programação paralela aqui.