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É tempo que a pedra se decida a florir, de Luís Silveirinha

É tempo que a pedra se decida a florir é um herbário fictício e compulsivo compilado por Luís Silveirinha. É uma coletânea de espécimes por descobrir, por acontecer, nessa longa e perpétua transformação que é a evolução da Natureza e da imaginação. Existe como exercício especulativo, baseada em formas que se geram paulatinamente no sonho ou no devaneio dum parque por semear ou plantar.

Os motivos florais e vegetais ganham uma quase cientificidade poética: entradas num qualquer catálogo botânico por coligir, entre metamorfoses, hibridizações, enxertias, transplantações, que ganham autonomia no papel e se desenvolvem no pensamento de modo quase alucinatório.

Segundo o curador, João Pinharanda, “É importante perceber se estas imagens artísticas imaginárias de Luís Silveirinha transformam também quem as vê; e, se alterado o nosso estado de consciência, nos obrigam a segui-las. Se assim for, conseguiremos entrar no jardim mágico, no mundo subaquático ou aéreo, nos paraísos artificiais onde elas tão poderosamente se inscrevem.”

É tempo que a pedra se decida a florir inaugura a 24 de abril, às 11 horas, na Galeria do Parque, em Vila Nova da Barquinha, e estende-se até 24 de setembro. Esta exposição tem chancela da Fundação EDP.

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