5 Sugestões Culturais – Paulo Lisboa
O que podemos fazer por casa? Ou que sugestões culturais nos podem ajudar a navegar em tempo incerto? De um livro a um podcast, álbum ou filme, aqui ficam as recomendações de artistas, curadores, galeristas, ativadores culturais, amigas e amigos.
Vamos partilhar a receita do que melhor nos faz, para seguirmos unidos e positivos.
Desde o início da pandemia, a UMBIGO convida uma pessoa a partilhar as suas 5 sugestões culturais.
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Livros
Florence and Baghdad, Renaissance Art and Arab Science
Hans Belting
Belknap Press, 2011
Como um buraco na parede de uma prisão egípcia deu origem a uma teoria da visão que se transforma no conceito de imagem que proliferará na cultura ocidental.
Organ Grinder
Alan Fishbone
FSG Originals, 2017
O autor monta a sua Harley para circular por uma série de pequenas histórias inspiradas pelas Sátiras de Horácio. O rolar das rodas promove um “passeio” aparentemente errático como a vida.
Pliny on Art and Society
Jacob Isager
Routledge, 2010
Análise e contextualização dos livros 33 a 37 da História Natural de Plínio, coisa poucas vezes tentada, centrada na relação do homem com a natureza, onde se nota uma deceção em relação à exploração artística do seu tempo em oposição à pureza do momento da descoberta, em que o acto acontece naturalmente e sem excessos.
O Banco do Tempo que Passa
Hubert Reeves
Gradiva, 2018
Responsável pelo despertar do interesse em tenra idade de muitos pela astrofísica, no meu caso com Um Pouco Mais de Azul, aos 88 anos Hubert Reeves sumariza, de forma natural e sábia, os temas essenciais que a existência lhe coloca.
Podcast
Agora, agora e mais agora
Rui Tavares
Público
Uma demonstração do nosso tempo sem lhe tocar.
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Paulo Lisboa explora um conjunto de ambiguidades e de oscilações que vão da absoluta ausência de imagem ao simulacro, da mancha à linha, de uma espacialidade etérea à presença saturada da matéria, num território laboratorial marcado por uma experimentação consistente e por um grande disciplinamento do gesto artístico, onde a materialidade surge decomposta e ressintetizada. Paralelamente nas suas instalações, a manipulação de máquinas modernas da imagem e da sua fantasmagoria da luz, é convertida em congeminação mecânica do seu próprio desenho. Em cada traço é retraçado o mistério da relação entre o gesto, a matéria e o pensamento.
Entre as suas últimas apresentações destacam-se UM ESQUELETO ENTRA NO BAR…, Fundação Leal Rios, Lisboa 2020; ASTERISMO, Sequência para Piano, Guitarra e Projector (com Marco Franco e Francisco Cordovil), Fundação de Serralves, Porto 2019; IMAGINES PLUMBI, Galeria Graça Brandão, Lisboa 2018.