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maat Mode: um novo museu

Depois de meses encerrado ao público por motivos diversos, o novo edifício do maat é agora reprogramado segundo a visão museológica e museográfica da nova diretora, Beatrice Leanza. São mudanças que anunciam não só uma nova perspetiva arquitetónica dos vários espaços expositivos, como também um entendimento do que deve ser o programa de um museu de arte contemporânea, dentro dos parâmetros da chamada Nova Museologia.

Nesta perspetiva, um novo corredor de acesso ao museu foi projetado pelo atelier nova-iorquino SO-IL, com a configuração de um lugar de debate, encontros e aprendizagem informal, no que anteriormente se designava por Sala Oval. Construída pela Artworks, Beeline será esta a grande instalação que irá ocupar o novo edifício nos próximos cinco meses e traz para discussão o papel da arquitetura na flexibilização do espaço e das próprias hierarquias que gera. Na Galeria Principal também a arquitetura foi modificada, para que este espaço voltasse à geometria inicial de planta livre e circulação fluida, respeitando o traçado curvilíneo do atelier Amanda Levete Architects.

Estas intervenções denotam, de resto, uma reestruturação da posição do museu na sociedade e nas grandes questões políticas da época. Segundo Leanza, o museu deverá refletir uma mudança programática em torno da experimentação e da participação, o maat Mode, que deverá, simultaneamente, “prototipar o museu do futuro”. Ao mesmo tempo, e segundo a diretora, “as instituições culturais devem ser plataformas catalisadoras para tornar o discurso acionável e dar poder às audiências […], através da articulação do debate, da partilha de posições e da formulação de conhecimento.”

Paralelamente foi concebida uma nova imagem institucional pelo atelier de design Barbara Says…, e será expectável uma maior presença do digital na promoção, divulgação e criação de conteúdos nativos, com o desenvolvimento do maat Mode Digital. Todas as semanas, com capítulos temáticos, várias matérias serão disponibilizadas, ao que se junta, também, uma articulação com o programa editorial maat Extended, que procura expandir muitas das discussões levantadas pelos diversos agentes do museu, mediante a publicação de podcasts, vídeos, textos, cinema online, etc.

Se Pedro Gadanho procurou assinalar o maat no mapa global das artes, reunindo uma série de artistas contemporâneos consensuais no panorama artístico internacional, Beatriz Leanza procura, agora, a proximidade local e o contacto com o público, ele que é, por defeito, o gérmen da mudança e da transformação política, social e cultural.

De momento foram apenas lançadas as grandes linhas orientadoras deste novo projeto, pelo que informações adicionais acerca de eventos e exposições serão devidamente publicadas uma vez anunciadas.

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