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Filipe Fonseca: uma paixão pela azulejaria

Bruno Filipe Fonseca nasceu no Porto a 8 de setembro de 1992.

Filipe Fonseca Jewellery é uma marca de joalharia contemporânea, que dialoga entre a simplicidade da geometria e a identidade da cultura, da história dos costumes da sua nacionalidade. Este autor segue a necessidade de criar, desenhar, inventar e reinventar peças de joalharia.

Filipe Fonseca conheceu o fascínio pela arte da ourivesaria e da joalharia na Escola Artística Soares dos Reis e, em busca de uma maior plasticidade e liberdade criativa, licenciou-se em Artes Plásticas pela ESAD das Caldas da Rainha.

De volta à sua formação e forma de expressão inicial, o autor quer com esta marca criar uma linguagem própria, mas acima de tudo, alimentar a sua sedução e o seu deslumbre pela joalharia e pela azulejaria.

Embora tenha frequentado um curso de Artes Plásticas, Filipe Fonseca considera-se um designer que trabalha com atitudes de artista plástico. Conhece e sabe aplicar técnicas de joalharia que aprendeu no curso de ourivesaria da Escola Soares dos Reis e noutras formações que frequentou. No entanto, elabora o design de peças de joalharia e manda executá-las em pequenas oficinas de Gondomar. Considera que é necessário conhecer técnicas de joalharia para poder elaborar o design de peças, embora entenda que não é necessário ser ele a executar as peças. Cada peça sua é única e singular, estabelecendo, por esta via, uma ponte com o que é habitual vermos nas artes plásticas.

Este autor desenha à mão, não utilizando recursos digitais. Prefere o erro do desenho mais gestual e adora riscar. Como processo de trabalho, elegeu a elaboração de múltiplas maquetas de cartolina, plasticina e outros materiais, gosta de trabalhar com escalas e volumes, e de projetar peças grandes. O seu objectivo de trabalho é espelhar o cotidiano.

Hoje em dia trabalha ainda em casa. Ainda não abriu um espaço autónomo para desenvolver as suas peças, mas já está presente em alguns espaços no país, como nas joalharias Anselmo, no El Corte Inglês de Lisboa, na galeria Autoria e na Loja do Museu Serralves.

A coleção que desenvolveu, Porto Sentido, é constituída por peças únicas elaboradas com fragmentos de azulejo do séc. XIX, cercados de prata espelhada, que imanam a luz e as cores da cidade. No conjunto inclui peças de grandes dimensões que seguem a sua paixão pela azulejaria da cidade do Porto, colecionando, inclusive, azulejos recuperados de demolições. Cada fragmento de azulejo a que recorre marca a forma da peça de joalharia em que está incluído.

Para além desta coleção, Filipe Fonseca desenhou peças usadas pela cantora portuguesa Cláudia Pascoal para o Festival da Eurovisão de 2018 realizado em Portugal no passado mês de maio.

Planeia lançar uma nova coleção de joalharia elaborada em prata que, em princípio, será inspirada nos barcos rebelo que navegam no rio Douro, que antigamente eram utilizados para o transporte de vinho do Porto.

A sua jovem obra já representa bem a sua admiração pelas raízes que se reflete nas suas peças de modo poético e simbólico, um poema dedicado a alguém, sempre entre a simplicidade e a geometria.

Ana Campos nasceu no Porto, Portugal, em 1953. É joalheira e dedica-se, também, à investigação nesta área. No campo do ensino, foi professora de projeto e de teorias da arte e do design da joalharia contemporânea. Até 2013, foi diretora do ramo artes/joalharia e coordenadora da pós-graduação em design de joalharia da ESAD – Escola Superior de Artes e Design, em Matosinhos, Portugal. Tem-se dedicado a curadoria e produção de exposições de joalharia nacionais e internacionais. Licenciou-se em Design de Comunicação na FBAUP. Estudou joalharia no Ar.Co, Lisboa e na Escola Massana, Barcelona, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Realizou uma pós-graduação em Relações Interculturais, pela Universidade Aberta, Porto, que conduziu ao mestrado na área de Antropologia Visual, cuja dissertação se intitula "Cel i Mar: Ramón Puig, actor num novo cenário da joalharia". A orientação foi de José Ribeiro. Atualmente, é doutorada em filosofia na Universidad Autónoma de Barcelona. Terminou o doutoramento em 2014, com orientação de Gerard Vilar. Desenvolveu uma tese intitulada: "La joyería contemporánea como arte: un estudio filosófico".

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