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Novos programas culturais em Évora

Esqueçamos a centralidade de Lisboa ou do Porto. Esqueçamos a recorrente ideia de que Portugal é uma faixa litoral. Lembremo-nos de outros centros, outros programas, outras comunidades. Lembremo-nos de outras instituições, museus de arte, eventos de arte que se fazem para lá dos habituais CCB, Serralves, MAAT, etc. Descentralizemos, então.

Évora prepara-se para receber uma das mais ambiciosas programações no âmbito da música, das artes visuais e das artes performativas. O Festival Evora Africa junta uma série de músicos africanos e condensa toda uma cultura imensa numa cidade interior – uma tentativa de mostrar o cosmopolitismo excêntrico às grandes capitais. Durante três meses, de 25 de maio a 25 de agosto, 30 artistas contemporâneos celebram as trocas interculturais entre Portugal e vários países africanos, ao mesmo tempo que revêm as tónicas históricas comuns entre dois continentes, mais ou menos explícitas, mais ou menos combativas, mais ou menos implícitas. (Programa completo aqui.)

Relembra-se ainda o programa estabelecido pela Fundação Eugénio de Almeida que, até 1 de julho, tem em exposição WAH! (We Are Here), com obras de 20 mulheres a atravessarem os vários campos de expressões e investigações da arte contemporânea – desde a bioarte, à instalação, videoarte, fotografia… E ainda o Festival Internacional de Artes Performativas, Lá Fora, a decorrer de 7 a 10 de junho, nas várias pracetas e espaços públicos da cidade de Évora.

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