I talk about Architecture from Portugal to you – #1
“O Corpo é um atelier de arquitetura e arte dedicado à exploração e expansão da anatomia arquitetónica.
A anatomia arquitetónica, como a humana, resulta da articulação de diferentes elementos fundamentais. O número de elementos é limitado, cada um contribuindo com uma função específica na composição: a estrutura e os ossos suportam os corpos, paredes e pele marcam uma fronteira, janelas e olhos, porta e boca perfuram a fronteira estabelecida e permitem que o interior e o exterior comuniquem, de formas diferenciadas. Apesar das várias semelhanças entre estes corpos artificiais e orgânicos, podemos afirmar que maior diferença assenta na possibilidade de expandir o seu potencial. Por não estar fisiologicamente restringida a uma lei biológica de desenvolvimento, os elementos da arquitetura são um campo de perpétua experimentação.
Expandir individualmente o potencial de cada elemento pode desvendar inesperadas configurações espaciais com as quais o corpo humano, intuitivamente, se relaciona. Nesta lógica, limites devem ser transgredidos e lógicas comuns pervertidas com invenção, inteligência e sentido de ironia. Talvez, o derradeiro corpo arquitetónico se defina no momento em que os seus elementos são levados ao excesso: misturados, aumentados além da sua escala regular, testados com materiais incomuns, empilhados, perfurados, cortados, etc. de tal forma que, o processo de experimentação em si mesmo se torne um fundamento conceptual.
Expansão de elementos arquitetónicos = expansão de possibilidades em arquitetura.“
(Corpo)
- A parede branca enquanto elemento caracterizador da paisagem sul levada ao excesso.
- Da casa do sul enquanto caixa branca dividida em terraços com jardim.
- Cinco terraços (brancos) empilhados que integram o jardim e desenham a casa.
- Um elemento vertical que ao centro ocupa uma casa vazia – experimentar o vazio a diferentes alturas.
- Dos terraços pétreos como as rochas na paisagem – a emergir da topografia.
- Perverter as lógicas geométricas das fachadas – simular uma ruína.
- Estrutura em asna de madeira que dispersa no vazio de uma caixa de granito.
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