Dripping, de Marta Sampaio Soares, n’A Montanha
A elaboração de uma obra ou projeto obedece a uma coreografia que passa frequentemente despercebida. As mãos mexem, o corpo dobra-se, as pernas fletem, a cabeça gira, os gestos repetem-se. De facto, a repetição é o compasso performativo mais comum no atelier.
Dripping, de Marta Sampaio Soares, é uma performance que nasce dessa repetição contínua. Como referido na folha de apresentação: “O corpo que repete o gesto até à exaustão dá corpo a uma outra forma, constrói um outro corpo, cada um espelhando o outro, refletindo o gesto e a intenção, a obra de arte estando tanto no objeto que se constrói, camada após camada, como no gesto”.
Deste modo, a artista procura representar a repetição do gesto como motivo ou impulso criador e criativo de base profundamente emocional.
Dripping acontece nos dias 8, 10 e 11 de fevereiro, respetivamente às 21h, 18h e 17h, no espaço A Montanha.