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Laraaji @ MADEIRADiG

Edward Larry Gordon aka Laraaji nasceu em Filadélfia e começou por estudar piano, trombone e voz. As performances de rua que caraterizam o seu trabalho só surgiram mais tarde, nos anos 70, em Park Slope no Brooklyn, Village e Upper West Side. “O Village era o meu espaço favorito, mas atualmente está menos ‘hippiefied’ e mais ‘gentrified’, tal como Nova Iorque em geral. Já não vejo as performances de rua experimentais que costumava ver na altura em que as fazia”. Foi nesta altura que Brian Eno o descobriu, numa das noites em que tocava no Washington Square Park convidando-o a gravar um álbum para as suas seminais séries ambientais Ambient 3: Day of Radiance.

Laraaji tem um fascinante modo de viver a vida, e o yoga faz parte desse estilo desde os anos 70, altura em que começou a explorar a meditação e a sentir “uma profunda sensação de paz interior. Sentava-me durante horas começando com uma respiração profunda, ao passo que eliminava todos os títulos, nomes e classificações do meu ser, até chegar a um estado de calma e quietude, cujo impacto foi muito importante para a minha música e criatividade”. Decidiu que a meditação passaria a ser o pilar da sua vida e assim surgiu um novo estilo de música mais baseado na improvisação e meditação interior. “Esse período levou-me à exploração de uma cítara elétrica, um instrumento portátil, muito fácil de tocar no exterior, e que me levou a criar o que designo de groovie ou free flow music”.

Ver também: MADEIRADig 2017

Começou no jornalismo e ao longo dos anos tem feito vários cursos de arte contemporânea, entre os quais Temas da História da Arte do Século XX (Fundação Serralves), workshop de Curadoria na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, Estética (Ar.Co) e História da Fotografia na mesma Instituição e uma Pós-Graduação em Curadoria na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É membro fundador e diretora da revista Umbigo, criada em 2002, com a qual desenvolveu vários projetos curatoriais, entre eles a exposição Entre Limite e a Audácia de Miguel Palma na galeria Fábulas, The Difference de Andrea Splisgar no Palácio de Santa Catarina, a exposição Pieces and Parts na Plataforma Revólver, Lisboa, Pierre Barbrel – Dissociation no Espaço Camões da Sá da Costa, Robe de contact (lys) do artista Jean François-Krebs na Galeria Sá da Costa. Em 2023 fez a curadoria das exposições Unwinding de Theodore Ereira-Guyer e Sam Llewellyn-Jones na Galeria Sá da Costa e A Face is a Mask... de Pedro Valdez Cardoso na Brotéria. Foi júri e curadora da Exposição de Joalharia Contemporânea On the Other Hand, comemorativa do 5º aniversário da PIN (Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea), na Galeria Reverso (Lisboa), Galeria Adorna Corações (Porto) e no Simpósio Gray Area na Galeria Medellein (Cidade do México). Em 2018 foi júri do prémio ENSA Arte em Luanda. Também para a revista Umbigo coordenou a edição do livro Coordenadas do Corpo na Arte Contemporânea, uma coleção que reúne um ensaio de Bárbara Coutinho e diversos trabalhos artísticos, muitos deles desenvolvidos propositadamente para o livro, num conjunto de trabalhos que representam uma pequena amostra das preocupações filosóficas e estéticas de um grupo de artistas. Em 2018 juntamente com António Néu (diretor de arte da revista Umbigo) criou a Plataforma UmbigoLAB, uma rede de networking para artistas que promove a sinergia entre estes e os agentes do meio (curadores, diretores de museus, galeristas, colecionadores e instituições).

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