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Bienal Anozero | 2ª Edição | Coimbra

Tem sido sobejamente discutida a pertinência das bienais depois da sua banalização. E se é certo que este conceito virou moda na última década, ao ponto de, por vezes, perder o impacto que inicialmente se fomentava, também é correto notar que as bienais têm vindo a mudar e a adaptar-se paulatinamente às realidades nacionais, regionais e locais, concentrando programas e dinamizando recursos em prol da cultura e das artes.

A segunda edição da Bienal Anozero de Coimbra confirma a necessidade deste evento para a cidade, capaz de juntar uma programação abrangente, interessante e capitalizar mediante a envolvência de instituições e patrimónios existentes.

Fundada pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) – que muito contribuiu para o desenvolvimento da arte contemporânea em Portugal, integrando artistas como Ernesto Sousa ou Túlia Saldanha –, com o apoio da Câmara Municipal e da Universidade, a Bienal organiza uma série de exposições pelos vários espaços culturais da cidade, num total de 35 artistas nacionais e internacionais. A curadoria desta edição ficou a cargo de Delfim Sardo e Luiza Teixeira de Freitas, que conceberam o tema em torno do título Curar e Reparar, duas necessidades cada vez mais prementes na sociedade global, ao tentar “pensar nas questões que se dirigem à máquina avariada do mundo, à fragilidade do corpo, à incerteza da economia, à necessidade de permanente compensação”.

De 11 de novembro a 30 de dezembro, a não perder a Bienal Anozero, espalhada pela cidade de Coimbra. Consultar o programa completo aqui.

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