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EDITORIAL
Sabemos que não vale a pena chorar sobre o leite derramado, mas para uma revista trimestral, muitas vezes só podemos deitar para fora as nossas opiniões depois, muito depois dos acontecimentos. Neste caso, apenas um mês. Então o que nos inquieta desta vez? O tema é a tão falada e famigerada Arte Lisboa. Ou deveremos dizer o Stockmarket versão artística? Pois é: directamente ao assunto. Pois que é muito bom haver uma feira da arte na capital portuguesa, é sim senhor. Mas é inevitável que ao fazermos uma feira de arte, ela seja imediatamente comparada às congéneres nacionais. E é aí que começamos a perceber o quão envergonhada é a nossa feira. Após visita ao evento deste ano, o que ficou na memória, nossa e de todas as pessoas com quem falámos sobre este assunto? NADA. Pois, N.A.DA. Quer dizer, muitos se lembram dos Project Rooms deste ano. Ou será que deveremos dizer Project Corners, tipo El Corte Inglés? A ironia é dupla, pois não só os project não eram rooms mas sim uns cantos de pladur, como os artistas seleccionados (por um comissário espanhol) eram todos eles espanhóis. Então pois claro, os artistas portugueses não andam a espalhar obras pelos cantos. Segunda impressão: os saldos da arte. Sim, porque a maior parte das galerias mais não fez do que expor tudo aquilo que não foi vendido durante o ano. Pouca produção nova se viu. É que nem uma festa ou um evento organizado para agitar as hostes esta feira tem. Resultado: um conjunto de tristes cantos e paredes com obras estáticas que, salvo raríssimas excepções, em nada surpreendiam para quem acompanha assiduamente a actividade galerística. Por favor, mais ousadia, cabecinha e entusiasmo pedem-se. O facto de as vendas terem subido este ano não basta para termos uma feira de arte.
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ÍNDICE
02. Poema
04. Staff
06. Editorial
08. Fourhandsphoto José D’Almeida e Maria Flores . Universos Oníricos
12. Dita Von Teese . O Fetiche pode ter Glamour
16. Andy Warhol . A Arte de ser Rico e Famoso
20. Fátima Mendonça . Pintar para Cegar o Medo
24. Ilya Kabakov . Corredor para o Abismo
26. Alexandre Estrela . A Activação da Consciência Crítica no Observador
28. Teching Hsieh
30. Raquel Nicoletti . Pelos Pés
32. Guia de Filmes Venusianos
34. Jane Birkin . Bonnie & Clyde
36. Trim Trim Trim! É hora do tea? É hora do Twee! Twee o´clock!
38. Lidija Kolovrat . “Entre o Caos e a Desordem”
40. A Jóia Sensível
42. Architectural Postcards from a Convict
44. A Cidade
46. Carlos Farinha . Dedo Grande do Pé
50. A Prova da Beleza . Algumas Reflexões a Propósito de Ruins of the Gilded Age
54. Alfama Noir
60. Beige Bond
64. Closet
68. Drink Me
69. 5 Sentidos
71. Le Coq Tuguese . A Cantar de Galo desde 2009
72. Sneaker Fetish
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